Arquivo de televisão

ganhante

Posted in só na minha cabeça with tags , , , on Janeiro 24, 2010 by João Carvalho

A facilidade com que os comentadores desportivos televisivos têm de inventar palavras é assustadora; uma, no mundo do ténis, que já vem de longe e já entrou no léxico destes senhores é a expressão ponto(s) ganhante(s), que deve vir da expressão winner’s points, e as suas diversas variantes: esquerdas ganhantes, direitas ganhantes etc.. É uma facilidade que se transforma em estupidez, reveladora de uma ignorância triste, (sim, porque há certas ignorâncias alegres que se perdoam). Por isso prefiro quando possível ver e ouvir a versão inglesa do canal eurosport. Imbecil por imbecil sempre mais vale ouvir um bife.
Em vez desta expressão, que não existe em português, existem várias alternativas correctas:

ponto ganho
ponto ganhável
ponto ganhame
jogada(s) ganhunça(s)
jogada de ponto

ou então que se use os termos ingleses já que não são capazes de pensar e falar na sua própria língua.

o verdadeiro facebook

Posted in só na minha cabeça with tags , , , , on Dezembro 12, 2009 by João Carvalho

Este homem faz contactos há mais de 40 anos!

“uma boa parte da minha vida é receber pessoas, falar com pessoas e encontrar soluções para os seus problemas”
“ponho pessoas em contacto”
“há 40 anos que ajudo quem posso”

mas do que mais gostei foi das botas da Judite de Sousa e do seu olhar "tás-me-a-engrupir-à-força-toda"

MMG

Posted in só na minha cabeça with tags , , , , , on Setembro 3, 2009 by João Carvalho

ps acabou de perder as eleições

no tempo das coisas inesperadas

Posted in só na minha cabeça with tags , , , , , , , on Agosto 30, 2009 by João Carvalho

Em 1976 (seria?), em Angola, no tempo em que as coisas vinham ter connosco, a Televisão Popular (do povo, portanto) de Angola, tal como outras televisões, emitia filmes sempre em dias certos; ou melhor, sempre no mesmo dia. Neste caso era à quinta-feira (seria?, a memória já me atraiçoa…). Era um tempo em que a televisão fechava à noite. A noite quintas-feira tornou-se assim a noite do filme, como, aliás, aconteceu com as quartas-feiras num período da RTP. Era um hábito, mas um daqueles inesperados, pois a maior parte das vezes só se sabia o filme desse dia no próprio dia, e, por vezes, o filme mudava de nome entre o momento do anúncio e o da transmissão – que não sendo muito largo ainda ssim permitia estas trocas – por motivos inesperados e técnicos. Mas não é isto que importa; o que importa é que tenho na minha memória que um desses filmes  foi “Sacco e Vanzetti” com música de Ennio Morricone. Ontem acordei com uma imagem do filme na cabeça, embora também acredite que possa não ser desse filme. Se é ou não, é algo que também não possui muita importância. O importante é a memória do filme, da história, e de tudo o que a história do filme representa. E claro, a música de Ennio Morricone.

Nesse tempo os filmes vinham ter connosco, as coisas vinham ter connosco, a história vinha ter connosco. Aprendia-se. Que melhor forma de aprender sobre a justiça, a liberdade, o racismo, a xenofobia, os direitos fundamentais?

Os miúdos de hoje, com oito anos, estão destinados ao peixinho nemo e aos bailes e cantorias de beldades que se auto-promovem e auto-pavoneiam pelo ecran televiso e de gordos a transpirar pelo país triste e em festa.

“nunca é tarde nem cedo…”

Posted in só na minha cabeça with tags , , , , , on Julho 7, 2009 by João Carvalho

95 channels and nothing on

Posted in só na minha cabeça with tags , , , , on Maio 8, 2009 by João Carvalho

Ontem vieram instalar cá em casa o serviço meo. Um homem, que tratou da parte complicada dos fios, telefones, caixas de entrada, de saída, pontos-não-sei-quê, e uma mulher que tratou da montagem dos aparelhos, box e router, e fez o apiloudi dos canais na box. Ambos brasileiros. Simpáticos, transmitiam confiança. Depois de 2 horas em que foi necessário, regressarem à central porque mais-não-sei-o-quê-do-porto estava mudo, descobrir que tinha um telefone avariado, e uns fios não sei onde tinham oxidado e que substituiram, lá ficamos com o serviço meo instalado em casa. Durante o tempo que demorou a instalação pude reparar na senhora, com os olhos atentos a certas coisas que por aqui estão penduradas nas paredes e móveis, mas uma atenção não de curiosa e de cuscovelhice, mas sim de um certo interesse, gosto e… saudade. Também perguntou pelo miúdo, pela idade do miúdo, e se tinha mais filhos e que o dela era um ano mais novo… Não sei fazer conversa deste género. Podia ter perguntado coisas sobre ela, sobre o filho, sobre o homem, se eram marido e mulher, há quanto tempo estão em portugal a trabalhar mais de 12 horas por dia mais fins de semana. Só me ocorreu tudo isso depois, quando os vi sair, cansados, ansiosos pelo final do dia de trabalho. Nem sequer lhes ofereci uma bebida, ou uma fatia de bolo, restos de uma festa que por cá houve. Nem lhe perguntei o nome. Nem o do filho. Apetece-me reportar uma avaria no meo só para os ver regressar e corrigir a falta que agora sinto. Senti pena deles, gente de trabalho, e que trabalha bem. Devia era sentir pena de mim.